segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Elizabeth Blackwell

Elizabeth Blackwell nasceu em 03 de fevereiro de 1821, perto de Bristol, na Inglaterra. Mudou-se com sua família para os Estados Unidos, quando tinha 11 anos. Em 1838, seu pai faleceu e, logo após, ela abriu uma escola junto com sua mãe e irmã. A partir daí, decidiu seguir uma carreira na medicina. Mas, não foi na nada fácil. Como o seu desejo de se tornar uma médica era maior que tudo, ela estudou de forma independente com um médico, antes de ser aceita para o Medical College Genebra em Nova York, em 1847.

A admissão de Blackwell não foi nada fácil, gerou uma grande confusão. Ela enfrentou críticas de colegas, professores, em geral e foi rejeita em diversas escolas. Quando chegou na faculdade de medicina de Genebra, a administração pediu aos alunos para decidir se iriam admiti-la ou não. Os alunos, achando que era apenas uma brincadeira, aprovaram a admissão. Após, a confirmação de sua admissão, no início, ela foi tratada indiferente por todos, mas muito em breve os alunos começaram a ficar impressionados com sua habilidade por todos, mas muito em breve os alunos começaram a ficar impressionados com sua habilidade e persistência. Assim, se manteve firme, ganhando o respeito de todos e se formou em 1849.

Médica e educadora, ela se tornou a primeira mulher a se formar na escola de medicina nos Estados Unidos. Tornou-se um ativista líder na saúde pública, durante sua vida, além de ter sido destaque no movimento de direitos das mulheres emergentes.

Trabalhou em clínicas em Londres e Paris, por dois anos, e estudou a obstetrícia no La Maternité, onde contraiu ''opthalmia puruienta'' de um paciente jovem. Foi quando Blackwell perdeu a visão em um olho, e voltou para Nova York em 1851, desistindo de seu sonho de se tornar cirurgiã. Mesmo assim, Blackwell continuou a lutar para a admissão de mulheres nas escolas médicas, organizando, em 1860, uma unidade dos médicos femininas em campo durante a Guerra Civil.

Logo depois que institui a faculdade, Elizabeth Blackwell voltou para a Inglaterra, criando uma clínica privada em Londes e atuou como professora na London School of Medicine para as Mulheres. Ela se aposentou em 1877 e mudou-se para Hastings. Morreu em sua casa, em 31 de maio de 1910, depois de um derrame.




















quarta-feira, 8 de novembro de 2017

ALICE GUY BLACHÉ: A ORIGEM DO CINEMA

Qual seria a sua reação ao descobrir que uma profissão que hoje é exercida, predominantemente, pelo sexo masculino, foi criada por uma mulher? Em Hollywood, por exemplo, segundo a revista Variety, apenas cerca de 7% dos filmes são dirigidos por mulheres, e a situação é praticamente a mesma no restante do mundo.



Pois bem, este post é sobre Alice Guy-Blaché – a primeira diretora de cinema do mundo.


Alice Guy-Blaché, considerada a verdadeira mãe do cinema, nasceu em Saint-Mandé na França, em 1873, e faleceu em 24 de março de 1968, aos 94 anos. Mudou-se para Paris, após a morte do seu pai, e lá conseguiu um emprego de secretária na empresa de fotografia de Max Richard, tendo trabalhado depois para Léo Gaumont em sua empresa de fotografia, juntamente com seu marido, o cinegrafista Herbett Blaché, que viria a se tornar a primeira companhia de produção cinematográfica do mundo, graças ao investimento de Gaumont e as habilidades de Alice.

Após a primeira apresentação dos irmãos Lumière, inventores do cinematógrafo que reproduzia imagens em movimento, Gaumont começou a reproduzir e comercializar suas próprias câmeras, com o intuito de explorar esse viés inusitado trazido pelos Lumière.

Foi então que Alice demonstrou seu interesse em transformar o avanço técnico das câmeras, em algo ainda maior: uma forma de contar histórias. Tomou coragem e pediu permissão a Gaumont para rodar algumas cenas com um grupo de atores que eram seus amigos. E, em 1896, concebeu seu primeiro filme La Fee Aux Choux: A Fada dos Repolhos.

Léo Gaumont, percebendo o resultado e interessado na perspectiva de aumentar a lucratividade do seu negócio, criou um departamento de cinema narrativo e nomeou Alice como responsável pelo mesmo. E, por meio desse "incentivo", Alice tornou-se a primeira diretora e produtora executiva na história mundial do cinema, sendo também pioneira no uso de efeitos especiais. Outro dos seus grandes feitos, foi a sincronização do som de um gramofone com as imagens, o que marcou a passagem da era do cinema mudo.

Com uma produção estimada em mais de 600 filmes entre curtas e longas-metragens, Guy-Blaché, posteriormente fundou sua própria companhia nos EUA, o Estúdio Solax, e tornou-se um dos ícones mais ousados da época, ao se arriscar em várias técnicas pouco ou nada exploradas, como a colorização primitiva e seus efeitos especiais.

Infelizmente, assim como outros inúmeros investimentos da mesma natureza na época, sua companhia veio à falência. Mesmo assim, Alice não desistiu que nasceu para fazer e continuou fazendo cinema para outras produtoras, antes de abandonar de vez a carreira.

Pouco depois, divorciou-se de Blaché e voltou para a França sem nenhum apoio financeiro. E, com a explosão das obras hollywoodianas, e ascensão da supremacia masculina cinematográfica, as mulheres foram perdendo seu espaço, e o estilo de cinema de Alice Guy-Blaché, bem como suas obras e contribuições foram apagados pelas grandes produções.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

ROBERTA LOUISE “BOBBI” GIBB

Roberta Louise Gibb, conhecida por Bobbi Gibb, nasceu em 1942, em Cambridge (EUA), passando toda a sua infância em Boston. Roberta sempre gostou de correr, porém, naquela época, a sociedade achava que a corrida era imprópria para uma mulher, o que não a impediu de continuar correndo atrás do seu sonho.
Em 1964, viu sua primeira maratona: a de Boston, realizada nos Estados Unidos, que é a segunda mais antiga das maratonas, atrás apenas da maratona olímpica de Atena, e atrai corredores do mundo todo. Mesmo sabendo que a maratona foi criada em cima de uma base discriminatória, ’’Somente homens eram aptos a competir’’, Roberta começou a treinar por conta própria.

Em fevereiro de 1966, Roberta escreveu uma carta para a Associação de Atletas de Boston, solicitando uma inscrição para concorrer pela Califórnia. Dias depois, o carteiro trouxe a aguardada resposta dada por Will Cloney, diretor da corrida, dizendo que as mulheres não eram fisiologicamente preparadas para correr a distância de uma maratona, que só havia a categoria masculina e que não era permitido às mulheres participar da prova.

Em outras palavras: correr não é coisa de mulher, porque mulheres são frágeis, sensíveis e incapazes de finalizar uma corrida. Se não bastasse a reprovação dada por Will Cloney, naquela época, existia uma crença popular com a qual a sociedade acreditava que a corrida podia causar infertilidade. Mas, Roberta não ficou tão atordoada em relação à infertilidade, e sim com a resposta dada pelo diretor, pois ela sempre tinha ouvido que a maratona era para todos – então, significava que competidores de todas as partes do mundo podiam participar e ela, que cresceu em Boston, não tinha permissão para correr só porque era uma mulher?

Com toda essa indignação, Roberta disse que essa reprovação seria mais uma razão para correr e decidiu que faria a Maratona de Boston, de todo jeito, sem inscrição e sem autorização, pois ela queria provar que correr 42km não era questão de gênero e sim de força de vontade e treino. Até então, a União dos Atletas Amadores dos Estados Unidos só permitia que as mulheres corressem no máximo 1,5 milha (2,41Km), porque realizar uma prova de 42km só podiam ser um feito dos homens por serem “fisicamente e psicologicamente superiores às mulheres”.

A partir daí, Louise decidiu arrumar suas coisas e viajar quatro dias e três noites da Califórnia até Boston, durante esse tempo, ela sofreu bastante, pois passou fome e frio. Mas, disposta a participar da maratona, ela traçou um plano: de se esconder até que ouvisse o tiro de disparada. E foi isso que Roberta fez, correu até os competidores e se misturou, durante um longo percurso ela não foi percebida, mas um dos competidores percebeu e informou aos outros e, para surpresa da Roberta e dos diretores da maratona, os competidores a apoiaram até o final, porque se dependesse dos diretores eles a retirariam da pista e a expulsavam assim como tentariam fazer com Kathrine Switzer, no ano seguinte.

Quando faltavam apenas 2 milhas (3,21km), Roberta quase desistiu. O emocional pegou, começou a se sentir uma fracassada. Foi salva ao ver a linha de chegada, logo após virar o quarteirão. Encheu-se de coragem, lembrou que estava ali para demolir preconceitos e deu aquele sprint final.

Com todo o apoio dos corredores, Bobbi terminou a maratona no 126º lugar, à frente de dois terços dos homens, em um tempo de 3 horas, 21 minutos e 40 segundos. 


Na linha de chegada, dezenas de repórteres aguardavam por Roberta que foi cumprimentada pelo governador de Massachusetts, John Volpe, virando destaque dos principais jornais do estado no dia seguinte.

Roberta não imaginava que toda essa disposição e garra mudaria sua história, além dos destaques nas mídias, ela se tornou exemplo de várias mulheres e conseguiu a inclusão de uma categoria feminina na competição.

Diante de todo esse esforço, Roberta conseguiu provar que as mulheres podem ser sensíveis, mas isso não impede que elas não sejam capazes de competir com homens, independente do seguimento.

Homenagem a Roberta

Em 2016, aos 73 anos, Roberta foi a grande Mestra de Cerimônia na 120ª edição da Maratona de Boston, onde circulou em um carro especial, rodando à frente do pelotão dos corredores, como se em um abre-alas “maratonístico”. Situação muito diferente da que passou em 1966.


Elizabeth Blackwell

Elizabeth Blackwell nasceu em 03 de fevereiro de 1821, perto de Bristol, na Inglaterra. Mudou-se com sua família para os Estados Unidos, qu...